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Legionella Pneumophila e a Doença do Ar Condicionado

Legionella Pneumophila e a Doença do Ar Condicionado

A Legionella pneumophila é uma bactéria que pode causar uma pneumonia grave chamada Legionellose (também conhecida como Legionella pneumonia ou “doença dos legionários”).

A infecção geralmente ocorre quando as pessoas inalam gotículas de água contaminadas que contêm a bactéria, normalmente disseminada em ambientes úmidos. A doença é mais comum em homens com mais de 50 anos e pode ser grave ou até fatal se não for tratada adequadamente.

No Brasil, a doença causada pela bactéria Legionella pneumophila passou a ser conhecida popularmente como “Doença do Ar Condicionado”, pois os sistemas de refrigeração podem acumular água se tornando um ambiente propicio para a multiplicação e disseminação da bactéria no ambiente.

 

Quais são os sintomas da Legionelose ou Doença do Ar Condicionado?

Os sintomas da Legionelose se assemelha a uma gripe comum, e pode começar 2 a 10 dias após a exposição à bactéria e podem se desenvolver lentamente. Os sintomas da Legionelose variam dependendo do tipo de infecção, mas geralmente incluem:

  • Febre alta
  • Tosse seca
  • Dificuldade para respirar
  • Dores musculares e de cabeça
  • Cansaço e fraqueza
  • Perda de apetite
  • Confusão e alterações do estado mental

A infecção grave, conhecida como pneumonia por Legionella, pode causar insuficiência respiratória, falência de múltiplos órgãos e a morte. Cerca de 10% a 30% dos casos graves podem ser fatais

Algumas pessoas podem estar em maior risco de desenvolver a doença, incluindo pessoas com mais de 50 anos, fumantes, pessoas com problemas de imunidade, doenças pulmonares crônicas e pessoas que tomam medicamentos que afetam o sistema imunológico.

 

Fatos Marcantes sobre a Doença do Ar Condicionado

No mundo moderno, com a popularização dos sistemas de ar condicionado, especialmente em ambientes corporativos, disseminação da doença aumentou exponencialmente, ganhando notoriedade e extensa cobertura da mídia em diferentes ocasiões pelo mundo.

  • Em 1976, houve um surto de Legionelose em uma convenção de veteranos americanos em Filadélfia, que causou 221 casos e 34 mortes. Isso foi um dos primeiros surtos documentados da doença e levou à identificação da Legionella pneumophila como o agente causador da doença.
  • Em 2011, houve um surto de Legionelose em Quebec, Canadá, que afetou mais de 150 pessoas e resultou em 13 mortes. A investigação revelou que o surto foi causado por uma torre de resfriamento mal mantida.
  • Em 2012, houve um surto de Legionelose em Barcelos, Portugal, que afetou mais de 200 pessoas e resultou em três mortes. A investigação revelou que o surto foi causado por uma torre de resfriamento mal mantida.
  • Em 2015, houve um surto de Legionelose em um hospital em Illinois, EUA, que afetou mais de 50 pessoas e resultou em 12 mortes. A investigação revelou que o surto foi causado por um sistema de ar condicionado mal mantido.
  • Em 2020, houve um surto de Legionelose em L’Aquila, na Itália, que afetou mais de 100 pessoas e resultou em 4 mortes. A investigação revelou que o surto foi causado por uma torre de resfriamento mal mantida.

No Brasil, o fato ganhou notoriedade após o falecimento do ministro das Comunicações, Sergio Motta, que contraiu a bactéria Legionella pneumophila por meio dos sistemas de ar condicionado do seu gabinete em Brasília, conforme apurado posteriormente, o que levou a regulamentação do PMOC.

 

PMOC e a Lei do Ar Condicionado

O fato do ministro Sérgio Motta levou a aprovação da portaria Portaria 3.523/98, conhecida como Lei do Ar Condicionado, que determina que prédios climatizados artificialmente sejam obrigados a manter um Plano de Manutenção e Operação de Climatização (PMOC), que é um contrato de manutenção permanente, garantindo a limpeza do sistema de ar condicionado, afim de preservar a saúde dos ocupantes da instalação.

Esses surtos mostram que, embora a Legionelose seja uma doença relativamente rara, pode ser grave e até fatal quando ocorre e pode ser evitada com boas práticas de manutenção e limpeza. Além disso, esses surtos também destacam a importância de realizar testes regulares para detectar a presença da bactéria e tomar medidas para eliminá-la se for detectada.

 

Diagnóstico da Legionelose

O diagnóstico da Legionelose geralmente é feito com base nos sintomas da pessoa e em testes laboratoriais que detectam a presença da bactéria Legionella pneumophila. Alguns dos testes usados ​​para diagnosticar a doença incluem:

  • Cultura de urina: Este teste procura a presença da bactéria na urina de uma pessoa infectada. É considerado o teste de ouro para o diagnóstico da Legionelose.
  • PCR (Reação em cadeia da polimerase): Este teste detecta o material genético da bactéria na urina ou em outros fluidos corporais.
  • Sorologia: Este teste detecta os anticorpos contra a bactéria no sangue de uma pessoa infectada.

É importante que qualquer pessoa que apresente os sintomas da Legionelose procure atendimento médico imediatamente, para que possa ser diagnosticada e tratada o mais rápido possível. O tratamento precoce é essencial para evitar complicações graves e aumentar as chances de recuperação, especialmente para os pacientes de risco citados anteriormente.

 

Prevenção

Existem várias medidas que podem ser tomadas para prevenir a disseminação da Legionella pneumophila e a ocorrência da Legionelose. Algumas das principais medidas incluem:

  • Manter os sistemas de ar condicionado limpos de acordo com as boas práticas recomendadas.
  • Em ambientes corporativos, manter um Plano de Manutenção e Operação de Climatização (PMOC), com uma empresa confiável.
  • Realizar testes regulares para detectar a presença da bactéria e tomar medidas para eliminá-la se for detectada.
  • Usar filtros de água de alta eficiência para remover as bactérias da água.
  • Evite a formação de condensação em tubulações, torres de resfriamento e outros equipamentos que possam fornecer um ambiente propício para o crescimento da bactéria.
  • Limpar regularmente os filtros dos sistemas de ar condicionado.

Essas medidas podem ajudar a prevenir a disseminação da bactéria e a ocorrência da doença, mas é importante notar que a prevenção é uma questão contínua e requer acompanhamento constante.

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